Enquanto concorria para alcançar a nomeação do Partido Democrático para as presidenciais americanas, do senhor Barack Obama ficámos a saber que tinha dois cursos superiores, foi professor universitário, era um leitor voraz, era um comunicador nato, bem falante com um sentido de humor apurado, que era de uma frieza de espírito inigualável, que havia sido senador do estado de Illinois e um activista comunitário. Mas quanto a mim, o que mais admirei no homem foi o brilhantismo de pensar antes de responder - tal característica, levou-me a inferir que além de inteligente, o POTUS (President of the United States) fosse também um ser intelectual.
Por razões de vária ordem, o mundo jubilou com a eleição do Senador Barack Obama, para presidente Estados Unidos da América (EUA) e claro no seu país, terra do cinema e do imaginário, o jovem presidente foi tido como um Messias: megalomania americana.
Eu sei que nos EUA, a insegurança e o medo endógenos dos negros fá-los quase imaturos de espírito, então acham tudo o que lhes aconteça - seja bom ou mau - é extraordinário no sentido de inerente àquela cor de pele. Nada me é mais patético que um americano de raça negra exigir ser rotulado de Afro-American em vez de Black-American; nada é mais cínico que um mulato americano aceitar ser Afro-American (não importa a estupidez do “one drop rule” que foi feita para diminuir os direitos (heranças) dos filhos das escravas com os seus donos) em vez de mestiço.
Presidente Obama e o Dilema Judaico
Pois, na semana passada li que o presidente Barack Obama havia dito que o primeiro ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, fora descortês e até condescendente para com a sua pessoa, quando numa “conversa privada” o israelita lhe tentava explicar o dilema judaico. O Presidente americano imbuído certamente do espírito do Black Lives Matter, meteu-se à besta replicando que por ser preto, criado por uma mãe branca e tendo chegado a Chefe de Estado nos EUA, dava-lhe a capacidade de entender o sentimento judaico.
Dou a minha mão à palmatória por ter tido o topete de cogitar que este homem fosse um intelectual; visto que a intelectualidade implica uma certo grau de Cultura: enganei-me desgraçadamente!
- Presidente Obama, não, o senhor não entende porque a escravatura já lá vai, mas se se vivesse ainda nesse tempo, talvez sim: porque o medo que gela a coluna e paralisa o corpo, esse não tem cor nem etnia.
- Presidente Obama, não, o senhor não entende porque mesmo no auge da matança e perseguição dos negros, principalmente no sul dos EUA, os cidadãos negros poderiam procurar refúgio noutros estados mais tolerantes e livres de amarras.
- Presidente Obama, não, o senhor não entende porque ainda hoje, os judeus todos os dias da sua vida têm de suplantar o medo para poder sobreviver.
- Presidente Obama, não, o senhor não entende porque os judeus na Europa, Américas, África, Ásia e Oceânia estão cercados e acossados por muçulmanos odiosos que os aterrorizam inconsequente e gratuitamente.
- Presidente Obama, não, o senhor não entende porque é incapaz de compreender que Israel (nomeada Palestina pelos romanos) é o único país verdadeiramente judeu e para os Judeus.
- Presidente Obama, não, o senhor não entende a causa judaica porque no alto do seu pedestal, e na sua mentalidade tacanha, pensa que pode planear, negociar, repartir tal qual um colonialista sem escrúpulos, a vida de um povo cuja história (para quem se diz ser um amante da história) desconhece por completo. Acha mesmo que um povo que perdeu de uma assentada 6 milhões dos seus em pouco mais de 70 anos vai cair na esparrela de mediadores ignorantes?
- Presidente Obama, não, o senhor não entende quando numa entrevista o senhor afirma que o líder mais desapontante do Médio-Oriente é o primeiro ministro de Israel; não sabíamos que este executava pessoas por se oporem ao seu governo, que chicoteava bloggers, ou matava líderes religiosos xiítas como na Arábia Saudita; não sabíamos que lançava para o espaço roquetes com inscrições de eliminação de países do seu desagrado; não sabíamos que incitava ódio contra outros países como se faz no Qatar; não sabíamos que as mulheres em Israel eram cidadãs de segunda categoria por decreto etc etc.
- Presidente Obama, não, o senhor não entende quando pensa dar a terra de Israel aos árabes na Palestina que, estes sim, são os verdadeiros ocupadores, vândalos e assassinos (como amante da história deveria ler o relatório de Peel).
- Presidente Obama, não, o senhor não entende quando ainda não se apercebeu que os soldados da ONU, em missões ditas de paz, violam raparigas e rapazes, tal qual os migrantes árabes e muçulmanos o estão a fazer por essa Europa fora (ainda há dias li que uma rapariga árabe na sua tese defendeu que os soldados do IDF eram racistas porque não violavam mulheres árabes na Palestina, porque sentem uma repulsa pelas pobres almas: será isto um padrão cultural? O senhor é que é um perito na religião muçulmana...)
- Presidente Obama, não, o senhor não entende quando agora quer se servir das tais Nações Unidas para mais uma travessura estúpida: forçar os judeus a darem Jerusálem Este aos árabes na Palestina; quando em 2007, eu o ouvi a afirmar que Jerusalém era indivisível. Há quem mude de opinião como quem muda de cuecas - “So no, mr. President you won't get it, ever”
Presidente Obama e a Campanha do Brexit
Ah, a propósito, por favor não venha à Europa embaraçar aqueles que têm orgulho em ser mulatos, inteligentes, intelectuais e racionais; porque se a Inglaterra quiser sair da UE isso é lá com o povo inglês; da mesma maneira quando as colónias quiseram a Inglaterra fora do que hoje são os EUA, o povo fé-lo sem dar cavaco a ninguém.
Estou mesmo a ver que chega aqui, faz os seus discursos, e nas perguntas lá virá o sacrossanto problema israelo-árabe e o senhor imprimirá a sua agenda, a da esquerda europeia , a dos seus amigos do BDS, do NIF e do J-Street e mais uma vez ouviremos “Israel tem de se sentar à mesa das negociações, parar com as construções nos territórios ocupados e blá blá blá...”
Sr advogado presidente Obama, os territórios não são ocupados pois originalmente não pertencem aos árabes na Palestina, quanto muito são territórios disputados: de tanto lhe valeu o seu canudo de advogado, senhor presidente.
Mais ainda os dirigentes da AP/OLP dizem que não querem sentar-se mais à mesa das negociações com Israel, dizem que os EUA não são um interlocutor credível; agora querem o Brasil (oh por favor riam-se! Era já a plataforma do Lula da Silva para voltar ao Planalto), Alemanha (Merkel está a deixar violar as garotas alemãs pelos migrantes muçulmanos), França (Hollande condecorou às escondidas o príncipe Saudita com a medalha de Honra) China...ainda é como o outro, iria estudar o assunto por 60 anos.
Sr. Presidente, o senhor definitivamente não entende de política estrangeira, acho que foi a nódoa da sua administração. Deixe o assunto israelo-árabe para a malta do Middle East, são todos meio doidos, mas certamente que a liga árabe e Israel poderão chegar a um consenso se assim quiserem; não sejam os ocidentais, o cavalo de Troia que ajudará os árabes a pensar que usando os ocidentais será mais fácil prepararem-se para destruir os judeus: entende, sr. Presidente?
Até para a semana
(Imagem: Barack Obama - Google Images)
[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence)]
Obama enganou muita gente não só a lenny, deixe lá.
ResponderEliminarOlá, Anónimo!
EliminarParece apanágio dos políticos: engano e impunidade.
Cumprimentos
Olá Lenny,
ResponderEliminarNão escondo que sempre apoiei o presidente Obama, mas ultimamente o homem só tem feito asneira - principalmente na política externa.
Concordo que o POTUS não compreende o dilema judaico porque se compreendesse falaria de outro modo mas mais que falar, agiria de outro modo. Mas não o fez, por isso a história deve condená-lo por isso.
"Presidente Obama, não, o senhor não entende a causa judaica porque no alto do seu pedestal, e na sua mentalidade tacanha, pensa que pode planear, negociar, repartir tal qual um colonialista sem escrúpulos,"
Eita! O "Afro-American" colonialista? Ouch....
Era só o que faltava termos o Pres. Obama a fazer ingerência nos assuntos internos da UE: será que os agentes dos serviços de informação americanos estão preocupados que a Inglaterra saia da UE porque assim terão mais dificuldade em usá-la como porta para a Europa? Estranho...
Lenny, super post! Obrigada e bom trabalho.
Beijocas
Olá, Max!
EliminarO POTUS está convencido que a Europa é a América Latina onde os EUA punham e dispunham: make no mistake, mr.presidente; os europeus são maiores e vacinados e nem vale a pena vir repetir a converseta do plano Marshal: só os labregos ajudam e depois propalam o seu feito boca afora.
Os europeus e os norte-americanos deveriam ter vergonha; o problema israelo-arábe só terá solução quando os beligerantes assim o entenderem.
Mas enquanto houver países(Europeus e norte-americanos) dispostos a encorajar o show dos arábes na Palestina e, ao mesmo tempo ir jogando dinheiro dos impostos dos seus cidadãos nas mãos de terroristas (OLP/AP-instigador de terror- e Hamas- declaradamente grupo terrorista-), o problema persistirá e fundos para a pretensa ajuda, enriquecerão os comandantes do terror.
Beijocas
Yah, o obama desapontou muito. E quando ele veio a áfrica dar lições sobre democracia e dizer-nos para sermos mais abertos aos gays? Quem é ele para fazer isso? Nunca esperei isso dele.
ResponderEliminarOlá Carlitos!
EliminarLições de democracia ainda é aceitável tendo em conta que algumas coisitas em África são de bradar aos céus.
Abertura para com os gays? É do conhecimento geral que existem gays em África, mas a descrição é um requisito: juro que não entendi o tópico da homossexualidade na seu périplo por África.
Poça, em África ainda não se colmataram os direitos mínimos e básicos do povo em geral; quando a maioria tiver trabalho, comida, água potável, infra-estruturas sanitárias, electricidade barata, casa condigna, educação para todos, cuidados médicos para todos, reforma garantida para todos, liberdade de expressão e de pensamento para todos, estradas e ruas pavimentadas, comércio livre e justo, economia de mercado, erradicação da corrupção endémica; aí talvez se possa legislar em matéria sobre a homossexualidade (direitos civis).
Os presidentes americanos, seja qual for a sua cor, demonstrarão sempre aquela arrogância deslocada de meter dó.
Aquele abraço sobrevivente de Moza
O Obama também me desapontou a mim e agora cada vez que o vejo desligo a TV. Nem a viagem dele a cuba me entusiasmou. Claro que ele não percebe nada sobre Israel, e se ele ficou ofendido com o Bibi too bad! As acções dele mostram que o Bibi tem razão.
ResponderEliminarOlá, Cêcê!
EliminarO homem está uma pálida imagem daquela que foi projectada e anunciada: é uma pena!
Claro que o Bibi tem razão; a arrogância americana não dá espaço à humildade, nem que fosse pelo facto de o primeiro ministro israelita andar nisto há mais tempo do que o mr. president.
Beijocas, amoreca