Regras Empresariais Danosas: Anti-Confraternização & Ausência de Código Indumentário


É um enorme desafio ter mulheres e homens a trabalharem juntos em empresas e instituições. Contudo, num esforço para evitar problemas legais que possam surgir da interacção entre machos e fêmeas, os empregadores muitas vezes desenham políticas que não só comportam um enorme custo social, como também fogem de soluções que podem ajudar a mitigar ameaças: falo da proibição da confraternização entre colegas e do código de vestuário, respectivamente.

Proibir a Confraternização é problemático
Não é através da proibição da confraternização entre colegas que as empresas, e instituições, irão combater problemas como o assédio/assalto sexual, por exemplo; mas é certo que contribuam para desequilíbrios sociais.
Proibir que homens e mulheres se envolvem romanticamente é uma política absurda porque quando estes têm de passar mais de 8 horas no local de trabalho, é natural que comecem a procurar um parceiro nesse meio ambiente (é a natureza humana); de outro modo, como irão ter tempo para fazê-lo noutro lugar?

Este tipo de proibição resultou numa série de danos sociais que ao longo dos anos tem penetrado o campo político: proibidos de se envolverem com pessoas que conhecem bem (e com quem têm química), homens e mulheres, por necessidade biológica, acabam por se envolver com pessoas (fora do ambiente de trabalho) que não conhecem bem, que em casos específicos não compreendem a natureza da sua profissão e com quem passam tempo insuficiente devido a um horário de trabalho complexo. Resultado, estes indivíduos procrastinam a formação de família (afectando assim as taxas de natalidade), ir-se-ão divorciar/separar mais, aumentam os casos de depressão que terão um efeito negativo nas taxas de produtividade, e por aí fora.
As empresas e instituições que insistem em seguir estas políticas indolentes (e nada criativas) não vêem que estão a provocar uma reacção social indesejada em cadeia com severas consequências políticas.

A Importância do Código Indumentário
Muito poucas companhias e instituições impõem um código indumentário aos seus empregados sob pena de estarem a interferir com a sua liberdade pessoal. Mas o que é que acontece quando conceder o direito à liberdade de expressão através do seu sentido de moda gera problemas?

Se um macho usa roupas que são demasiado justas ao corpo duas coisas podem acontecer:
1- irá chamar a atenção de fêmeas sexualmente-sedentas que podem interpretar mal as intenções do macho e, deste modo, criar confusões – uma situação que pode ser evitada.
2- irá fazer com que algumas fêmeas se sintam desconfortáveis com a indumentária apertada do macho, já que aquela é vista como uma agressão.

Se a fêmea fôr trabalhar com roupas apertadas, ela irá atrair a atenção de machos sexualmente-sedentos que podem interpretar mal as suas intenções. Quer queiramos quer não, as fêmeas foram criadas para atrair machos (natureza humana) como forma de perpetuar a espécie; e porque a maioria das fêmeas tem a tendência natural para ajudar, ouvir, compreender e oferecer um sorriso reconfortante, estes sinais aliados a roupa inadequada poderão ser mal-interpretados, por machos interessados, como luz verde para algo mais do que as originais intenções femininas.

Diz-se que os machos devem controlar-se. É verdade, deveriam mas muitos não se controlam – por isso, como identificar de antemão um predador?
Diz-se que as fêmeas não deveriam ser culpabilizadas pelas roupas que usam. É verdade, não deveriam mas é um facto que quando se vestem com roupas que gritam “disponibilidade sexual” elas enviam sinais confusos. E como não temos meios de identificar de antemão os predadores sexuais, todo o cuidado é pouco.
Por isso, é importante que as empresas, e instituições, imponham um código de vestuário aos seus empregados: homens e mulheres terão de usar roupas apropriadas e profissionais. Não podem ser demasiado justas ao corpo; as calças não podem ser demasiado apertada na área das virilhas; as saias e vestidos não podem ser demasiado curtos e não devem ter rachas; as camisas/blusas não devem ser demasiadamente justas ao corpo e os decotes não devem expôr os seios – o local de trabalho não é um cabaré.

Conclusão
Os seres humanos são seres sexuais. É um facto. Ainda que repitamos mil vezes o mantra “a mente controla a matéria” a verdade é que os humanos têm impulsos sexuais, e logo, têm a tendência para transformar o seu local de trabalho numa selva onde possam identificar a sua presa e caçá-la. Não obstante, ao aceitarmos e compreendermos a Natureza Humana, tornar-se-á mais fácil gerir um ambiente onde os humanos de ambos os géneros possam trabalhar confortavelmente uns com os outros, criar relacionamentos fortes e evitar tensões. Os Gestores de Recursos Humanos terão de ser mais criativos.

(Pigmaleão e Galatea - Jean-Léon Gérôme)

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