Reconhecer as Tribos Judias Perdidas em África é Vital para a Segurança Nacional

De Max Coutinho

“Então o Senhor, teu Deus, te fará voltar do teu cativeiro, e se apiedará de ti; e tornará a ajuntar-te de entre todas as nações, entre as quais te espalhou o Senhor, teu Deus.” (Deuteronómio 30:3)

Como é que o Estado de Israel determina quem são os Judeus espalhados pelo mundo por D*us? Como é que o Grande Rabinato determina quais os Judeus espalhados pelo Senhor e que agora, no Fim dos Dias, precisam de regressar a Haaretz?

A Necessidade de Proteger a Tribo

Os Judeus precisam de proteger a Terra de Israel, é verdade. O Povo Judeu também precisa de se certificar de que guarda a palavra de Hashem: os Filhos de Israel têm de regressar à Terra Prometida, reconstrui-la, vingar ali, regressar a D*us e esperar pelo Mashiach. Muitos dizem que a maior parte destas coisas já aconteceram, mas não é verdade.

Avinu Malkeinu disse que Ele iria tornar a “ajuntar-te de entre todas as nações”...”de entre todas as nações”, não “das nações”, querendo dizer de todo o mundo, de todos os Continentes; não só da Europa, América Latina, Norte de África, Médio Oriente e partes da Ásia. Isto também inclui os nossos irmãos Judeus que se escondem na África subsariana.

Peço aos nossos leitores que se refreiem de pensar que aquela doença hedionda chamada Racismo desempenhe um papel aqui. Pode um Judeu ser Negro? Ainda que quando as pessoas pensem em Judeus pensem em indivíduos de pele clara, a verdade é que os Judeus têm muitas formas e cores – devido à maldição do Galut (Exílio forçado). Por isso, um Judeu pode ter qualquer nível de Melanina na sua pele ב"ה

Por isso, o que é que acontece quando um grupo de indivíduos afirma ser Judeu e seguem as Tradições Judaica há séculos?

Ao invés de ignorarem de imediato tais grupos, o Estado de Israel deveria investir na investigação da veracidade de tais reinvindicações porquanto mais diversos formos enquanto Povo mais seguros estarão os nossos interesses do foro de Segurança Nacional. Em vez que ignorarem tais afirmações, o Grande Rabinato de Israel deveria aceitar a Missão de investigar essas pessoas e depois de uma confirmação, então deveria proceder ao reconhecimento das Tribos Perdidas. Estes assuntos não deverão ser ignorados sob pena de darmos a impressão de que somente alguns tipos de Judeus são aceites pelo Estado.

Se os habituais instrumentos empregados para a verificação nos conduzirem à dúvida razoável então deverão ser feitos testes de ADN. Um Judeu tem sempre de ter o Gene Judaico Antigo – mesmo que descenda de Convertidos.

O Problema com os Judeus Africanos

Um dos instrumentos de reconhecimento de uma Comunidade Judaica, ou de um indivíduo Judeu, é a existência de documentação, literatura ou memorabília que prove o Judaismo da comunidade, ou do indivíduo. Contudo, no caso Africano nem sempre é possível a apresentação de tais instrumentos ou porque não possuem documentos escritos (por uma qualquer razão, como a integração – uma vez que os Africanos, até há pouco tempo, não tinham o hábito de registar as suas tradições por escrito, preferindo historicamente a Tradição Oral) ou então porque a documentação se perdeu durante as constantes migrações através do Continente. NB: ser um Judeu Negro em África também não foi fácil, já que tiverem sempre de esconder a sua identidade e fugir (dos Muçulmanos e mais tarde dos Cristãos – Ler como os Cristãos trataram os Judeus na Etiópia).

Obviamente, quando sob tais condições, torna-se mais difícil provar que algumas Comunidades Africana são Judias; logo, a única solução poderá ser testes sanguíneos. Aqueles que tiverem o Gene Hebraico Antigo deverão ser aceites de imediato, aqueles que não têm não serão reconhecidos como Judeus (mas já que foram criados como tal, deveriam pelo menos ter a opção de se converterem – sob os auspícios da Ortodoxia Judaica). A Tribo de Israel tem de ser protegida.

A Diversidade como um Imperativo para a Segurança Nacional

É do nosso interesse, no campo da Segurança Nacional, alargar a diversidade da nossa Tribo porque teremos um maior leque de activos que falam dialectos que não estão registados (lembrem-se que nem todas as línguas Africanas têm uma gramática escrita ou um codex linguistico) e poderão ajudar a Nação a conquistar o Mercado do Futuro: África. Este continente representa, no presente, uma ameaça à segurança internacional que precisa de ser contida, e a única maneira de fazê-lo é ter a ajuda de indivíduos que falam a sua língua, que compreendem a sua cultura e o seu comportamento (que não é nada fácil de apreender). Posto isto, o Estado de Israel deveria pensar bem na sua política de reconhecimento das Tribos Judias Perdidas em África e investir mais em investigá-las.

Precisamos de ir para além dos Beta-Israelitas (i.e. Judeus Etíopes).

As Vantagens de Abraçar os Judeus Africanos

• Judeus do Uganda: falam Swahili. O Kiswahili é a língua oficial da Tanzânia, do Quénia e do Uganda; e também é falado no Ruanda, na RDC, no Burundi, em Moçambique (Norte), no Malawi, na Zâmbia e nas ilhas Comoros. Estima-se que entre 120 e 150 milhões de pessoas falem Swahili. O Quénia, a RDC, o Ruanda e mesmo Moçambique são países estratégicos. 
• Judeus Igbo (Nigéria): falam a língua Igbo que é falado por 44 milhões de pessoas na Nigéria e é uma língua minoritária na Guiné Equatorial. As possibilidades são também infinitas no combate à corrupção e ao Islamismo na África Ocidental.
• Judeus de Cabo Verde: ainda que se afirme não haver mais Judeus praticantes ali (i.e. descendentes dos Judeus expulsos de Portugal em 1492 e mais tarde), seria proveitoso ajudar projectos como o Cape Verde Jewish Heritage Project para reconectar os Bnei Anusim locais com a Tribo de Israel. Cabo Verde é outro estado estratégico no combate ao Narco-Tráfico. 
• Judeus Moçambicanos: o povo de Inhambane, Moçambique, são diferentes. Não são Bantús e muitos suspeitam que sejam descendentes de Judeus Etíopes que fugiram para o Sul durante os séculos XVII e XVIII. Alguns dos meus familiares são Crypto-Judeus que esconderam a sua identidade até ser auspicioso revelá-la e voltar para a sua fé original. Vale a pena investir na busca dos nossos irmãos e das nossas irmãs perdidos ali. 
• Judeus Lemba (Zimbabué): ainda que os Testes de ADN tenham sido usados como instrumento político para desacreditar a reinvindicação Judaica desta tribo; o Estado de Israel deveria ele próprio repetir esses testes, particularmente porque praticam o Judaísmo (e.g. cumprem o Shabbat, recusam-se a comer comida proíbida, fazem o shechita, a circuncisão dos bébés masculinos) – obviamente, para eles estas são práticas antigas transmitidas de geração em geração e que os mantiveram vivos até hoje. 

“Um dos clãs dos Lemba porta, com uma frequência muita alta, um tipo de cromossoma-Y específico chamado ‘o haplótipo modal Cohen’ que é conhecido por ser típico do sacerdócio Judaico herdado do lado paternal e pensa-se, de uma modo mais generalizado, ser uma potencial assinatura da origem do haplótipo Judaico.” (fonte, em Inglês)

A Maldição do Galut acabou por revelar-se uma Benção. Estamos perante o Regresso do Cativeiro...

“Com cheiro suave me deleitarei em vós, quando eu vos tirar de entre os povos e vos congregar das terras em que andais espalhados, e serei santificado em vós, antes os olhos da nações. E sabereis que eu sou o Senhor, quando eu vos fizer voltar à terra de Israel, à terra para a qual levantei a minha mão para a dar a vossos pais.” (Ezequiel 20:41-42)

(Imagem: Judeus do Uganda na Sinagoga[Ed] via Google Imagens)

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