Comentário: Al-Qaeda & Jihadistas Operam sob Falsos Pretextos

Batalha de Alexandre de Altdorfer Albrecht 
"Estas gentes de boa vontade pediram, sustentaram, e apoiaram o estabelecimento e a sobrevivência do Estado de Israel. Os ocidentais continuaram a fazer esta exigência durante décadas, e não foi uma exigência fortuita. Foi o fruto de uma árvore regada, há séculos, pelo ódio ao Islão e aos muçulmanos. Com base neste facto, temos de criar uma política construtiva em relação ao ocidente para que não caiamos do céu das ilusões para tombar na terra da realidade. Para além disso, temos de reconhecer que os ocidentais, conduzidos pelos Estados Unidos, sob a influência dos Judeus, desconhecem a linguagem da ética, da moralidade e, dos direitos legítimos. Eles só conhecem a linguagem dos interesses apoiados pela força bruta militar. Logo, se desejarmos ter um diálogo com eles, e fazê-los compreender os nossos direitos, temos de falar com eles numa linguagem que possam entender" (Ayman Al-Zawahiri in "Knights under the prophet's banner", 2001 - traduzido por Max Coutinho)

A vitimização é o fuel do jihadismo. O Islão radical diz que o ocidente odeia o Islão, dando mostras de viver no "céu das ilusões". Primeiro, o ocidente não desgostava do Islão até este ter decidido ocupar a Europa, do século VII ao século VIII. Segundo, o ocidente nunca odiou o Islão senão jamais teria conferido aos muçulmanos a liberdade que gozaram durante anos nos países ocidentais, apesar dos vários ataques terroristas perpetrados por terroristas Islâmicos desde os anos 70. Terceiro, o ocidente só decidiu ter problemas com o Islão quando Bin Laden e os seus "seguidores" decidiram cometer o maior ataque contra um alvo ocidental em 2001. 
Mesmo assim, o ocidente não odeia o Islão; contudo não pode mais negar que este tenha ambições políticas e, que esteja mais que disposto a fazer uso da religião, e da violência, como meio para atingir os seus objectivos imperialistas (i.e. a restauração do Califado).

Al-Zawahiri defendeu que "Matar crianças ou até muçulmanos como dano colateral da jihad é, assim, permitido" e acusou o ocidente de ser antiético e imoral; o mesmo indivíduo que jurou lutar "Até que cada pedaço de terra que outrora fora Islâmica seja recuperada, a jihad é uma obrigação individual para cada muçulmano capaz" acusou o ocidente de não saber o significado de direitos legítimos simplesmente porque este não permite o regresso do califado em terras ocidentais e Judaicas. O Sr. Al-Zawahiri deveria fazer um profundo exame de consciência

Os Al-Qaedistas originais expressaram desprezo pelos xiitas. Al-Zarqawi (o falecido líder da AQ iraquiana), em 2004, chegou mesmo a dizer a Bin Laden que "Estas pessoas (os xiitas) continuam a matar aqueles que clamam pelo Islão e os mujahidin da comunidade, ao traí-los sob a capa do silêncio e da cumplicidade de todo o mundo (..)" - só posso imaginar o que ele diria se tivesse visto a Al-Qaeda hodierna (uma organização terrorista híbrida [tanto com sunitas como com xiitas]). A batalha entre sunitas e xiitas é mais política do que religiosa; ainda que esta seja usada para justificar as suas diferenças. Mas olhando para a neo-Al-Qaeda, poder-se-ia dizer que as duas facções chegaram a uma acordo para lutarem contra os seus inimigos comuns e em direcção ao seu principal objectivo: o restabelecimento do Califado. 

A sociedade ocidental não se move a violência mas sim a paz; não destrói, constrói; foca-se na evolução e não na regressão; respeita as mulheres, dá-lhes poder; o ocidente vive para e luta pelas liberdades e, dentro das suas imperfeições é perfeita. Tendo dito isto, se os jihadistas (aqueles que buscam a auto-perfeição espiritual) desejam realmente falar com o ocidente, então dever-se-iam sentar e falar a nossa verdadeira língua: a Diplomacia. 


[N.B: Os excertos das missivas de Al-Zawahiri e de Al-Zarqawi foram tiradas de "The Evolution of Al-Qaedism: Ideology, terrorists and appeal" de Edwin Bakker e Leen Boer - tradução de Max Coutinho]

Comentários

  1. Olá, Max!
    Sim, O Ocidente é diplomacia, mas quando esta não consegue alcançar resultados, devemos pensar como é que se acabou com os Kamikazes durante a 2ª guerra mundial.
    A tolerância não pode ser confundida com passividade, e se os líderes dos países que albergam terroristas, nada dizem e fazem, talvez uma Enola Gay, em cima das suas cabeças, lhes abra os olhos.
    Bom trabalho, minha linda.
    Bjcas

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    1. Olá Lenny :D!

      Não sei se o mundo estaria disposto a repetir esse capítulo da história; mas percebo a mensagem.
      Concordo que algo deva ser feito aos países que albergam terroristas. Deveríamos começar pelos países da América Latina que neste momento albergam o Hezbollah e membros das Forças Quds - tudo porque caiem na conversa fiada do Irão acerca do colonialismo e etc...enfim.

      Obrigada e obrigada pelo teu super comentário.

      Beijos

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  2. Há historiadores que dizem que toda a cultura ocidental tem origem no médio-oriente e proximidades.

    Mesmo a cultura da Grécia clássica pode ter sido influenciada por outras anteriores e daquela região.

    Mas o islam engana estupidifica idiotiza de tal modo seus seguidores que estes não querem saber da história e das verdades e criam paranóias e tramóias por tudo e por nada.

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    1. Olá Anónimo :D!

      É verdade. O Islam é bem sucedido a enganar os seu seguidores, porque o povo Árabe já possui uma tendência natural para se vitimizar em relação ao ocidente e não só (já que tendem a escolher as partes da história mundial que lhes convêm). E depois, quando vemos gente instruída como Tariq Ramadan a perpetuar essa mesma vitimização...

      Anónimo, muito obrigada pelo seu super comentário :D.
      Não sei se é a primeira vez que aqui comenta, mas se fôr: seja bem-vindo(a)!

      Um abraço

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