Tal como em 1640, no dia 5 de Junho de 2011, os Portugueses agiram de modo a mudar o curso das suas vidas: restauraram Portugal - só que desta vez, em vez de expulsarem os Espanhóis, expulsaram a Esquerda e trouxeram a Direita de volta ao poder.
Agora, temos um Presidente e um Governo de Direita. Não vai ser como em 2004 quando o Presidente Socialista, Jorge Sampaio, sabotou a nossa administração de direita ao dissolver o parlamento (a meio da implementação de reformas relevantes que poderiam ter prevenido a nossa actual crise), numa acção política concertada para colocar José Sócrates no poder.
Gostaria de congratular os 58,9% do Eleitorado Português por ter cumprido o seu dever eleitoral e por ter respeitado a memória daqueles que lutaram pelo direito ao voto.
Aos restantes 41,1% que estiveram "demasiado ocupados" para votar, digo: deveriam ter vergonha e são uma farsa! Dizem-se cidadãos nacionais, desfrutam da beneficiação nacional, fingem ser patrióticos e depois cospem na memória dos antepassados que lutaram pelo direito a serem escutados; que foram torturados e mortos pela, e em nome da, Democracia.
Não, os políticos não são todos iguais e a política não tem necessariamente de ser suja - francamente, as pessoas que usam este argumento, para não votar, metem pena; são um embaraço nacional e demonstram uma total falta de respeito por aqueles que ainda, no mundo, lutam pelo direito ao voto.
O PSD (centro-direita, com 105 Deputados) e o CDS/PP (direita, com 24 Deputados) têm a maioria e, agora, estão em posição de começar a resolver a nossa crise.
O PS (centro-esquerda, com 73 Deputados) deixou a nação na total falência. Mentiu ao parlamento e ao eleitorado; maquilhou as contas públicas; forçou a Banca Nacional a comprar a dívida pública em vez de a pressionar a emprestar às pequenas e médias empresas (afim de evitar o aumento das taxas de desemprego, por exemplo); levou Portugal a pedir Ajuda Externa e, agora, o Governo de Direita tem de cumprir o Pacto de Austeridade assinado entre o PS e o FMI, o BCE e a UE, ao mesmo tempo que gera crescimento - não será fácil, mas o PSD e o CDS possuem a visão apropriada e os técnicos para o fazerem.
O PCP (comunistas, com 16 Deputadoss) e o BE (esquerda radical, com 8 Deputados) ainda resistem, mas o objectivo (seguindo o exemplo Europeu) é obliterá-los do cenário político Português de uma vez por todas - e para que isso aconteça é necessário que a Direita forme os alicerces para a criação de emprego, aumentar o salário mínimo (presentemente +/- €480 [+/- R$1.200]), gerar riqueza, pagar ao FMI o mais depressa possível e aumentar o número de cidadãos de classe média.
Antes de terminar, gostaria de acrescentar 3 coisas:
- Lisboa não elegia o PSD (fundado por Sá Carneiro) há 35 anos, mas no passado Domingo mudou o curso da história ao eleger Pedro Passos Coelho - parabéns!
- Passos Coelho disse “O PSD de Sá Carneiro está vivo e recomenda-se!". Francisco Sá Carneiro tinha uma visão para Portugal: Democracia Política (entre outras coisas, "reconhecimento popular na definição dos orgãos do poder político, na escolha dos seus titulares e na sua fiscalização e responsabilização"); Democracia Económica ("predomínio do interesse público sobre os interesses particulares", ou seja, o bem-estar da nação vem em primeiro lugar); Democracia Social (ver assegurados "os direitos fundamentais de todos à saúde, à habitação, ao bem-estar e à segurança social (...), uma fiscalidade justa e progressiva") e Democracia Cultural (garantir "a igualdade de oportunidades no acesso à educação, à cultura e no favorecimento da expressividade cultural de cada um.").
- O líder do Partido Conservador (PSD) terminou o seu discurso de vitória com o Hino Nacional - uma mensagem clara à Nação para que se mantenha Firme, Orgulhosa e Unida para enfrentar os dias dificeis que se aproximam e, ajudar o governo a pôr Portugal em ordem.
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