Gábor Bethlen entre os seus académicos (esboço) de Géza Dósa |
Era uma vez uma época em que frequentar a universidade significava pertencer à elite intelectual: as pessoas eram informadas, cultas e interessantes de ouvir.
Nessa altura, ser ignorante era um anátema.
Membros da elite não davam opinião acerca de um determinado assunto a não ser que tivessem a absoluta certeza dos factos.
Era uma vez um tempo em que quando eram ignorantes acerca de algo, os indivíduos não tinham receio, ou vergonha, de perguntar e aprender com os seus companheiros.
Nessa altura, as pessoas exalavam sofisticação intelectual.
A razão reinava.
Presentemente, frequentar a universidade é fazer uso de um instrumento político-económico e não uma via para a nutrição intelectual.
Verdade seja dita, frequentar a universidade tornou-se tão banal que muitos indivíduos não se parecem incomodados com o facto de serem desinformados, incultos e irritantes ao ouvido.
Hoje em dia, ser ignorante é motivo de orgulho.
Nos dias de hoje, a maioria das pessoas opina sobre assuntos que ignoram. Estar ciente dos factos deixou de ser interessante uma vez que factos e propaganda (+ demagogia) não combinam.
Nos tempos hodiernos, uma pessoa tem de mostrar que sabe de tudo e mais alguma coisa. Deus nos livre dos outros se aperceberem da sua ignorância; e assim, a resposta à equação é usar uma máscara de "chico esperto", como mecanismo de defesa.
No presente, a maioria das pessoas parece emanar irracionalidade.
As emoções reinam.
Oi Max,
ResponderEliminarFrequento a Universidade Federal de Santa Catarina, aqui em Florianópolis, e acabo sentindo um pouco disso que você comenta neste artigo.
Muitos da minha idade, muitos que estudaram comigo na escola há alguns anos, hoje estão por aí, sem nem ligar para universidade, aprender algo ou coisa parecida. Me sinto um dos poucos do pessoal que estudou comigo na infância e adolescência.
O que ouço é que a Universidade passou a ser algo supérfluo, algo que pode ser deixado de lado... Por que isso? Será ciúme ou inveja de quem não pode estar lá dentro, por "n" motivos?
Eu sei que tenho muito orgulho de dizer que sou universitário, estudante e, citando você, "estou sempre a aprender"!
Acho que nao podemos saber tudo, nessa vida. E nem em nenhuma outra, nao é mesmo?
ResponderEliminarMas, acho que temos a capacidade de aprender o que nos apetece á mente.
Mas, nao tenho muitos anos para perder em aprender tudo. Se eu aprender a ser generosa comigo mesma e as criancas que eu cruz<ar pelo caminho, tderei feito grande avanco.
Bjs e dias felizes
Mas bah, Max.
ResponderEliminarConcordo tanto com você que até já escrevi no template do ARTeiro; "sou apenas um aprendiz".
Como disse Paulo Freire: "Mestre não é aquele que ensina, mas, o que de repente, aprende.
Um grande abraço e o desejo de muita saúde e paz em 2011.
Oi Zahta :D!
ResponderEliminarQue comentário fabuloso: muito obrigada :D!
É, eu também estou sempre a aprender :D!
Um abraço
Oi Grace :D!
ResponderEliminarAcho que vamos acumulando conhecimentos...e se acreditarmos na reincarnação: eu diria que a fim de muitos ciclos poderemos dizer que sabemos quase tudp (porque o ser humano tá-se sempre a repetir).
Mas realmente, só Deus sabe de absolutamente Tudo!
Beijos e obrigada pelo comentário :D
Oi Diler :D!
ResponderEliminarÉ, a citação de Paulo Freire está correctíssima!
Obrigada, meu amigo: tudo de bom para 2011 :D!
Um abraço