Políticos Séniores Vs Políticos Jovens: Servir o Povo ou Máquina de Relações Públicas?


A Juventude está conotada com a tomada de riscos, a audácia e esperança; enquanto que, ser um cidadão Sénior está conotado com sabedoria, paciência e fé. Em quem é que as pessoas votariam de forma natural? No passado, a resposta a esta pergunta era clara; mas hoje em dia a resposta é bastante opaca porque há vários factores envolvidos. Não obstante, não se pode negar a tendência hodierna para escolher políticos jovens, líder jovens – será que o mundo está despojado de sabedoria, paciência e fé ou será que estamos a falar de outra coisa?

A esperança deriva da mente. Torna-se num desejo após ter sido reconhecida uma necessidade. – in Esperança e Fé (Aqui)

Os políticos mais jovens são geralmente mais atraentes e têm kilos de carisma; contudo temos a tendência para suspeitar das suas motivações e fazer suposições: não são o suficientemente maduros, são ideólogos, só buscam a fama e proveito-próprio et cetera et cetera...estarão estas suposições correctas?

De momento temos uns quantos líderes de países jovens:

  • Justin Trudeau: (Canadá, 46 anos) Primeiro Ministro. Infelizmente, este político nunca perde uma oportunidade de fazer figuras tolas (ex: “Quero fazer crescer a economia do Canadá de dentro do coração para fora”) e no entanto a sua equipa tem conseguido manter o Canadá relativamente estável (link, em Inglês).
  • Emmanuel Macron: (França, 41 anos) Presidente. Seguiu a estratégia da Campanha Eleitoral do Obama (i.e. criar uma imagem que não reflecte exactamente quem ele é na verdade) e agora a máscara está a cair. Não obstante, até agora ele tem mantido a economia francesa numa rota de crescimento (ainda que lenta).
  • Sebastian Kurz: (Áustria, 32 anos) Chanceler. Até agora, tudo nos conformes – a economia austríaca continua a crescer a um passo constante, mas somente pró ano vem é que iremos ver o nível da contribuição das políticas do Senhor Kurz para a contínua prosperidade do seu país.
  • Luigi di Maio: (Itália, 32 anos) Vice-Primeiro Ministro e Ministro para o Desenvolvimento Económico. Ainda é cedo para avaliar a performance deste governo que só recentemente tomou posse; contudo, a nova administração italiana já assumiu uma posição de força (no que toca à imigração, for exemplo) cujos resultados já se mostram: a UE sabe que já não pode fazer de Itália Gato-Sapato.
  • Leo Varadkar: (República da Irlanda, 39 anos) Primeiro Ministro. Ainda que seja de direita, este político tem expressado algumas posições imaturas no que toca ao Brexit, levando um crítico a dizer “Um homem mais sábio teria agido como um pacificador, ajudando de forma construtiva ambas as partes a forjar um acordo histórico que servisse os interesses de todos nós, incluindo os do seu país e do seu povo maravilhoso.” Auch...

Depois temos um outro grupo de jovens políticos que são ou membros de Governos ou líderes de Partidos Políticos:

  • Pablo Casado: (Espanha, 37 anos) o novo líder do PP. A única coisa que sei dele é o escandâlo à volta do seu Mestrado (diz-se que o obteve sem ter frequentado todas as aulas).
  • Celso Ismael Correia: (Moçambique, 40 anos) Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural. Este homem de negócios/político tem um passado obscuro e o seu historial levanta muitas questões – mas essas ficarão para outra altura.
  • Naftali Bennett: (Israel, 46 anos) Ministro da Educação e líder o Partido Bayit Yehudi. Directo nas suas palavras, patriota, motivado, e dentro de poucos anos poderá vir a ser um potencial PM fabuloso.
  • Ayalet Shaked: (Israel, 42 anos) Ministra da Justiça. Inteligente, motivada com um profundo amor por Israel, sábia no modo como está a reformar o Sistema Judicial. Há vozes a querer que ela seja a próxima PM, mas será que ela tem apoios suficientes? Para além disso, pelo que tenho observado ela precisa de mais experiência.
  • Catarina Martins: (Portugal, 44 anos) Líder do Bloco de Esquerda (Partido da extrema-esquerda). Verte demasiadas lágrimas de crocodilo (afinal é uma actriz falhada) e defende uma ideologia falhada. No entanto, conseguiu manter o Governo Socialista a rodar no seu dedinho por mais de 24 meses: kudos.

Também há espaço para os Futuros Líderes e Wannabes Políticos, tais como:

  • Príncipe Herdeiro Mohammed Bin Salman: (Arábia Saudita, 32 anos) um futuro líder com uma visão e entendimento do que o Médio Oriente poderá vir a ser se as políticas árabes mudarem. Infelizmente, o seu fragilizado pai está a resistir aos seus pontos de vista alternativos e modernos, cometendo assim os mesmos erros do passado que tudo o que geraram foi ódio, carnificina e sub-desenvolvimento do Povo Árabe.
  • Príncipe William, o Duque de Cambridge: (Reino Unido, 37 anos) um futuro líder ainda por se revelar. Olha-se para ele e vê-se ainda o Bébé Wills de calções. Ele terá de decidir que tipo de membro da Realeza ele deseja ser: o Humpty-Dumpty Caridoso ou um Verdadeiro Líder que segura o touro pelos chifres.
  • Hugo Soares: (Portugal, 35 anos) o futuro PM de Portugal. Não só tem carisma como também tem massa cinzenta e não tem medo de a usar. Suspeitamos que todos já se tenham apercebido dos seus predicados e é por isso que as pessoas no seu próprio partido tentem minar o seu trabalho.
  • Mariana Mortágua: (Portugal, 32 anos) uma wannabe política. A Autora do Imposto da Inveja  (como nós lhe chamamos por ter taxado as casas no valor acima de €600.000). Tem uma voz suave e uma falsa boa-educação que nos faz recordar o ditado “cuidado com o lobo em pele de cordeiro”.
  • Alexandria Ocasio-Cortez: (EUA, 28 anos) outra wannabe política que infelizmente se tornou a nomeada para o Congresso (e dizem ser o futuro do Partido Democrata). Digo infelizmente porque ela é a personificação do estereótipo do Milenares: ignorante, sem cultura, vivendo de chavões obsoletos e defendendo causas (consideradas populares) sem se dare ao trabalho de aprender a sua história.

Vocês apoiariam alguns destes jovens? Nem todos são superficiais mas, pelo que foi observado, alguns deles têm duas coisas em comum: carecem de paciência e por vezes carecem de falta de propósito na sua precipitação verbal (já que não se produz nenhum efeito tangível e no fim acabam por fazerem figuras tolas).

A fé deriva das profundezas da alma. Transcende a mente. – idem

Um político maduro é mais metódico. Talvez porque a experiência lhe tenha ensinado uma coisinha ou duas e por isso ele saberá o que funciona e o que não funciona para atingir os seus objectivos – independentemente do quão louco ele possa parecer. A sua sabedoria conduziu-o através de um caminho de sucesso (ainda que o caminho possa estar viciado e corrupto em alguns casos).


Nota Bene

Os políticos mais velhos que são corruptos e sem valores estão excluídos deste artigo. Excluídos estão também os políticos séniores que se recusam a aprender com os erros do passado.



O eleitorado parece confiar nos políticos mais maduros – talvez porque lhes façam lembrar os seus pais, e consequentemente figuras de autoridade – contudo, é curioso que de alguma maneira a estratégia esteja a mudar para a colocação de políticos mais jovens a desafiarem estes líderes “vinho do porto” ainda que a população jovem esteja a decrescer na maior parte do Ocidente (principalmente). Porquê a mudança?

  • Estarão, numa sociedade cada vez mais superficial, a tentar criar uma Arena Política repleta de regalos para os olhos?
  • Estarão a tentar dizer-nos que é mais fácil controlar a juventude (i.e. marionetas)?
  • Estarão a tentar encorajar as pessoas a fazerem mais bébés (i.e. vêm os jovens a chegar ao topo e depoi irão acreditar que os seus filhos poderão chegar lá também)?
  • Será que a Nova Geração traz uma visão nova e melhorada às nossas sociedades?

Qualquer que seja a estratégia, é aconselhável agarrarmo-nos aos mais sábios de entre as Gerações Séniores porque iremos sempre precisar do seu conselho. Recordemo-nos que eles viveram mais tempo, logo, sabem melhor o que funciona e o que não funciona. A sua experiência é valiosa, mesmo que não concordemos com a sua ideologia.

Hierarquias são celestiais. No infermo todos são iguais. – Nicolás Gómez Dávila

Na Comunidade Militar e dos Serviços de Informação, a Hierarquia é extremamente importante. Os jovens começam por baixo e só poderão chegar ao topo depois de percorrer cada fase do processo; ou seja, ou após a apresentação de um trabalho excepcional ou através de conhecimentos compostos (i.e. experiência). Esta é a maneira de manter valores cruciais como honra, respeitabilidade, respeito pela lei e ordem.

Quando olhamos para a arena política hodierna, temos de nos perguntar se será um espaço sério para promover o Bem-Estar do Povo ou uma enorme Máquina de Relações Públicas. Não é natural ter jovens a ditar os desígnios de países, a não ser que o jovem em questão seja extremamente excepcional e respeitador (ou o Herdeiro de uma Casa Real). Qualquer coisa que seja contra-natura deve ser olhada com suspeita...

[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence). © 2009-2018 Autor/a(es/as) TODOS OS DIREITOS RESERVADOS]

Comentários

  1. Ricardo Robles é o exemplo de que os jovens podem ser tão ganaciosos e corruptos quanto os séniores corruptos! O Robles e todos como ele são o futuro da corrupção, se nós deixarmos.

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    1. Ai, esse menino provou a hipocrisia do BE! Investiguemos mais a esquerda e decerto encontrarão mais Robles, não é? Valha-nos Deus!

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  2. Olhe Max, a mim não me interessa a idade do político desde que ele seja honesto e inspire confiança. Dos meninos que partilhou aqui só simpatizo com o austríaco porque defende o seu país. Até me lembro do Hugo Soares, mas será que ele tem o que é preciso para defender as nossas fronteiras ou é como o nosso presidente que tem um pé em portugal e outra na europa?

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