Mesquita Dourada em Manila (no site Top 10 Marvels) |
Sharia, em arábico, significa "caminho". Poder-se-ia dizer que a lei da Sharia desenha o caminho moral e religioso para todos os Muçulmanos, baseado no Corão e no Sunnah.
O partido da Irmandade Muçulmana, no Egipto, lidera as eleições. Na Tunísia, o Ennahda (um partido Islamista) ganhou as eleições. Perante tal cenário o Ocidente renovou os seus receios: será que estes partidos irão instituir a lei da Sharia? Em que é que isto afectará as estratégias diplomáticas e será o Ocidente forçado, mais uma vez, a negociar com radicais loucos?
Instituir o código Islâmico, nas nações muçulmanas, não implica necessariamente uma adesão ao fundamentalismo Islâmico nem tem de ser anti-democrático. A Sharia é interpretada de modo diferente pelos modernistas, reformistas, tradicionalistas e fundamentalistas; querendo isto dizer que as nações muçulmanas que procuram implementar a democracia necessitam de decidir qual o tipo de sociedade que desejam ter e aplicar o código Islâmico de acordo com esse desejo. Em vez de tentarmos interferir com os assuntos internos destes países, deveríamos somente ajudá-los no caminho para a democracia.
Os códigos religiosos não têm de ser anti-democráticos.
As sociedades ocidentais são extremamente democráticas e, no entanto, tentam seguir a Lei de Noé:
- Proibida a Idolatria
- Proibido Matar
- Proibido Roubar
- Proibida a Imoralidade Sexual
- Proibido Blasfemar
- Proibido comer carne de animal removida enquanto este vive
- Estabelecimento de Tribunais Judiciais.
O Estado Judaico é uma sociedade extremamente democrática e, contudo, o seu Mishpat Ivri (a Lei ou Jurisprudência Judaica) é baseado no Halakha ("o caminho" - a Lei Judaica tradicional, que inclui as Leis Bíblicas e Rabínicas). O Mishpat Ivri refers-se a aspectos contidos na Lei Religiosa considerados relevantes a "não-religiosos" e à lei "secular", tais como contratos, direito de propriedade, posse, lei pública, lei internacional, negligência, imputabilidade legal, direitos de autor etc.
Se as nossas sociedades podem chegar a um compromisso entre os códigos religiosos e a laicidade, também o podem as sociedades muçulmanas assim que colocarem de parte a teocracia, o autoritarismo e principalmente o fundamentalismo (isto se quiserem que as suas nações lucrem de um desenvolvimento humano e económico sustentável)
Há um aspecto, na Sharia, que aprecio imenso: a salah (= conexão). A ideia de parar 5 vezes/dia para rezar a (ou conectar-se com) Deus, banhando-se assim no amor e tolerância divinos, promete uma sociedade muçulmana capaz de se conectar com toda a criação de Deus...muçulmano ou não, religioso ou não.
Desejamos à Tunisia e ao Egipto sabedoria para concatenar a Sharia, a sociedade moderna e a globalização.
Eu também acho que qualquer povo que páre para se ligar a Deus (de verdade), tem todas as hipóteses de ter uma melhor relação com o mundo que o rodeia independentemente da sua côr religiosa ou política, já que Deus é amor, é paciência e tolerância. Se todos seguirem o seu exemplo (pu pelo menos tentarem) o mundo poderá ser muito melhor em termos de convivência. Um abraço.
ResponderEliminarOlá Anónimo :D!
ResponderEliminarBem dito.
Obrigada pelo seu comentário :D.
Festas Felizes!
Todas as religiões são boas, os homens que as estragam! ;) Beijus,
ResponderEliminarOi Luma :D!
ResponderEliminarExactamente ;)!
Obrigada pelo teu comentário :D.
Festas felizes