No século XIX dizia-se que a histeria era uma doença mental relacionada com o útero, logo um problema de mulheres.
Pensemos um pouco mais acerca deste conceito interessante.
Quando falamos de histeria, de imediato, visualizamos uma mulher despenteada, com os lábios decorados com batôm vermelho diabo, envergando uma mini-saia preta, um soutien violeta; meias azuís-bébé afundando nuns chinelos côr-de-rosa, berrando aos ouvidos do marido/companheiro.
Jamais imaginamos um homem à beira de um ataque de nervos, por mais pro-femina ou feministas que sejamos.
Os homens gritam (perguntem aos Latinos). Eles também são histéricos. Contudo quando a histeria os atinge, em vez de visualizarmos um tipo com a barba por fazer, de cuecas, com meias pretas enterradas em sapatos empoeirados, com uma lata de cerveja na mão e a tentar ocultar uma séria disfunção sexual; dizemo-nos que o coitado foi azucrinado por alguma maluca.
O conceito de histeria foi pintado de ouro. Não conseguimos conceber que um homem seja histérico (porque de algum modo estamos todos convencidos de que os machos são os guardiães da segurança e do equilíbrio do mundo) e como o politicamente correcto [mais uma vez] nos força a acalmar os extremos feministas; escolhemos ignorar as manifestações histéricas e rotulá-las de SPM; tacitamente concordando, deste modo, com a teoria do século XIX.
Mas eu discordo: a histeria pode muito bem ser causada pelo cromossoma X; o cromossoma que todo o ser humano carrega.
Imagem: Adão e Eva de Hans Baldung Grien
Impressionante como a História até certo momento, principalmente a religiosa coloca a mulher como centro de tudo que é ruim, proibido ou negativo não é mesmo?
ResponderEliminarBeijos e até...
Mas bah, Max.
ResponderEliminarA evolução humana aconteceu dando prioridade primeiro à Força, mais tarde à Beleza e finalmente à Sabedoria, mesmo que hoje estejamos sob o império da razão, ainda sobram alguns ransos.
Abração.
Oi Angel :D!
ResponderEliminarQue saudade!
É...chegou até ao ponto de se afirmar que a mulher é a raiz de todo o mal: vê se pode.
Obrigada, querida, pelo comentário! :D
Beijos
Oi Diler,
ResponderEliminarTens toda a razão!
Adorei o teu comentário: obrigada :D.
Abração