A Retirada Americana da Síria: Nada é o Que Parece


Os EUA anunciaram que iriam retirar cerca de 2.000 soldados da Síria. Este anúncio provocou choques tanto na América como em Israel (e até França meteu a colher) – mas será que há mesmo motivo para tanto stress? Se se for uma empresa militar privada ou mesmo um fornecedor militar claro que há motivos para preocupação porque – afinal – já não será possível sobre-facturar o Governo dos Estados Unidos com produtos para as tropas. Se se for um político, um analista ou agente dos serviços de informação criativo então verá a enorme oportunidade que se apresenta para mudar o modo como o jogo é jogado. Se se for uma pessoa que esteja por dentro dos acontecimentos, então saberá que estes eventos são somente as peças a cairem nos seus devidos lugares.

O Irão Deveria Temer

Após a Casa Branca ter emitido o seu comunicado, Teerão celebrou a medida dando a impressão que os EUA haviam repetido o mesmo erro que George W. Bush quando ele entregou o Iraque numa bandeja de prata (ao recusar-se a negociar com os antigos oficiais militares de Saddam Hussein – que mais tarde criaram o ISIS). Contudo, o que está a acontecer agora está longe de ser igual. O Presidente Trump não está a oferecer a Síria aos Ayatollahs, pelo contrário, ele está a oferecer a Síria ao Leão de Sião.

Donald Trump foi informado acerca do que vai acontecer no Médio Oriente e simplesmente removeu as suas tropas do caminho: para poupar milhões em contas sobre-facturadas e para salvar a vida dos seus homens e mulheres.

A Turquia Não Deveria Sentir-se Confortável

A Turquia está alegadamente a assumir crédito por ter convencido o Presidente Trump a retirar-se da Síria já que o ISIS só detém 1% do tal Califado e a Turquia, a Syria e a Rússia têm os meios para lidar com esse Grupo Terrorista; logo, não faz qualquer sentido que os EUA permaneçam na área. Os Relatórios dizem que o Presidente da América aceitou o argumento como sendo válido e até John Bolton, o Conselheiro para a Segurança Nacional, foi forçado a concordar. A nós parece-nos que o Presidente Trump tenha dado um passo à la Sun Tzu:

“Ao alterar as suas disposições e ao mudar os seus planos, ele mantém o inimigo sem conhecimento definitivo. Ao modificar o seu campo e tomar caminhos circundantes, ele impede o inimigo de anticipar o seu propósito”

O Presidente Erdogan deveria baixar o tom da sua satisfação: não tem assim tanta influência sobre os EUA (e jamais terá). A Turquia acha mesmo que os EUA esqueceram que Ankara patrocinou o ISIS, que inclusivé comprou o seu petróleo? Erdogan acha mesmo que não se sabe que a única razão por detrás do seu envolvimento na “Guerra contra o ISIS” é o ataque às forças Curdas e o enfraquecimento de Al-Assad? Istambul acha que nos esquecemos que deitou abaixo um caça russo (porque Moscovo faz de tudo para manter Al-Assad no poder)? O Sr Erdogan pensa que nos esquecemos que ele acolheu Grupos Terroristas no seu país e que os apoia abertamente? A Turquia acha que a sua ocupação do Chipre está esquecida?

“O Presidente Erdogan da Turquia informou-me veementemente que ele irá erradicar o que quer que reste do ISIS na Síria...e ele é o homem que pode fazê-lo,” (Presidente Americano) – está tudo como deveria estar, ב"ה, já que os Estados Unidos não fazem parte da Guerra de Gog e Magog...mas a Turquia faz. E a Rússia também.

Israel, Abre os Teus Olhos e Vê

“Não Temas; porque mais são os que estão connosco do que os que estão com eles. E orou Eliseu, e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.” – 2 Reis 6:16-17

O IDF tem razão: a reacção de algumas pessoas é exagerada. E a postura do PM Netanyahu tem até agora sido impecável – mas esperemos que ele esteja pronto para a próxima fase (não haverá tempo para hesitações nem cálculos prolongados).

Israel nada tem a temer porque o Estado Judaico está protegido pelo Rei dos Reis mas precisará de fazer a sua parte na mesma: agora que a Síria lhe foi entregue numa bandeja de prata, Jerusalém precisa de tomar uma decisão séria – uma que seja definitiva e de acordo com o Plano.

Vem aí uma Guerra. Será uma Guerra decisiva para a nossa Sobrevivência. Ela durará por um longo período de tempo e, por isso, o Povo Judeu deverá ser preparado para ela – o Governo e a Sociedade Civil israelita (especialmente o Rabinato) devem começar a preparar a mente da população porque não será fácil mas sobreviveremos, porque Am Yisrael sobrevive sempre. HaGeulah está aqui mas, como sempre, devemos lutar por ela – tanto física como espiritualmente ב"ה.

Como diriam o Escoceses: let’s get them bastards!

Conclusão

A retirada americana da Síria está a causar pânico por razões várias (perda de oportunidades de negócios, saída da zona de comforto, medo da mudança etc) contudo, nada permanece igual para sempre e as velhas fórmulas não estão a funcionar. Por isso, experimentemos algo novo e deixemos que novos actores entrem e implementem um novo paradigma – um que permita que toda a humanidade prospere em segurança por muito tempo. A Síria ficará bem: as Forças Especiais operarão na região em menor número mas de forma mais eficaz. “Toda a guerra é baseada no engano”...

O mundo está preparado?

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