Um Dois Três



Um
O Ricky Gervais é um comediante e tanto: saúdo-te, pá!
Não sabia que as celebridades eram tão sensíveis e sem humor algum. Quer dizer, fazem de tudo para ser uma figura pública; fazem coisas que mancham a sua imagem; têm toda a sua vida escarrapachada nas revistas (tornando-se assim o tópico de muitas festas...por razões que me escapam); e depois não querem ser alvo dos comediantes?
Quando eu era mais jovem, lembro-me de estar em pulgas para ver os Oscares, os Grammys, os Emmys etc (já que eram engraçados, divertidos e glamorosos)...mas desde o 11 de Setembro parece que as pessoas ficaram com sentimento de culpa por estarem vivas e celebrarem os eventos. Posto isto, as cerimónias de entrega de prémios têm sido extremamente aborrecidas. Agora vieram os Globos de Ouro 2011 e o Gervais: malandro, provocador, inteligente e extremamente hilariante (ri-me até chorar). 
Agradeço à Hollywood Foreign Press Association por um momento tão divertido.

Dois
Parabéns à Tunísia e à Argélia: "A tous les dictateurs – dégagez!!” [1]
Já estava mais que na hora do Povo se insurgir contra ditadores e líderes corruptos. Agarrar-se ao poder por 23/33 anos é anti-democrático (claro!), e, mais importante ainda, vergonhoso. 
Passei o fim-de-semana a ouvir comentadores políticos a dizer que estes eventos não representavam um sinal de mudança no mundo Árabe; contudo discordo completamente: estas insurgências são exactamente um sinal de mudança no mundo Muçulmano. Eu iria ainda mais longe ao dizer que se trata de um sinal de que os Árabes querem democracia; e querem-na sob um modelo similar ao do Ocidente. 
A internet, os SMSs/mensagens de texto e as comunicações via telemóveis/celulares, facilitaram imenso os intercâmbios culturais, sociais e políticos; por isso, as pessoas sabem como vivem os Ocidentais e, apesar do Ocidente não ser perfeito, pelo menos tem uma melhor versão de liberdades e garantias. 

Três
Como capitalista ética de Direita eu gostaria de comentar rapidamente o sucesso económico da China.
A China não é superior aos Estados Unidos (nem hoje, nem nunca). Hoje em dia é chiquérrimo fingir que os EUA têm medo da China só porque esta investiu $900 mil milhões em US Bonds (o Japão, nos anos 80, investiu em $264.4 mil milhões de US Bonds - e foi considerado o grande monstro económico na altura) contudo, se os EUA jogarem as cartas como deve de ser continuará a ser a nação mais poderosa do mundo. 
Se os Estados Unidos decidissem parar de comprar produtos à China, esta perderia mais de $300 mil milhões/ano. 
Se os EUA e a Europa perseguissem os traidores que relocalizam as suas indústrias para a China (deixando os seus co-cidadãos sem emprego; muitos até a perderem as suas casas e a passarem por dificuldades; só porque querem praticar o capitalismo selvático e fazer-nos uma lavagem cerebral para nos levar a acreditar que realmente precisamos de roupas, sapatos, brinquedos, pasta de dentes, aparelhos etc a €1 - produtos baratos [em todos os sentidos] que nos envenenam), se os traidores começassem a ser patriotas e a investir em casa, então aonde iria parar a superioridade económica Chinesa? Iria pelo esgoto abaixo. 

1,2,3...para ser breve. 


[1] Francês: “A todos os ditadores: Pisguem-se!!” 

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