Prostitutas e Stripers Legal e Moral?

Prostituição...qual o significado desta palavra? A profissão mais antiga do mundo significa “acto ou efeito de prostituir-se” ou para ser mais directa “vender sexo a troco de dinheiro”.

Quando falamos de prostituição, visualizamos mulheres vestidas de modo vulgar a rodar bolsinha nas ruas; ou então, mulheres vestidas com roupas de grife a acompanharem homens bem sucedidos no mundo empresarial (ainda que mal sucedidos no mundo dos relacionamentos humanos).
Não obstante há outras formas de se prostituir:

1. Rameiras que mantêm um caso com homens casados com o único propósito de obter prendas, roupas, carros, ter a renda de casa paga etc.
2. Meretrizes privadas que se casam pelo civil com homens ricos com o único objectivo de, em troca de sexo, obterem jóias, casacos de pele, carros de alta cilindrada, uma conta bancária choruda, uma casa de luxo, roupas & sapatos de designer etc...

Poder-se-ia argumentar que estas rameiras e meretrizes não são prostitutas, mas simplesmente mulheres que encontraram um modo alternativo de se sustentarem; contudo ao copularem em troca de “bens e propriedades de valor representativo de qualquer quantia” (i.e. dinheiro) eu diria que nada mais são que uma versão reles de cortesãs.

Mas estas não são as únicas formas de prostituição. Não devemos olvidar os prostitutos e os gigolos.
A diferença entre os prostitutos e as prostitutas é que os primeiros são bem tolerados pela sociedade (digamos que os seus serviços sejam bastante úteis: acalmam as mulheres ricas e carentes [gigolos], ou realizam as fantasias de homens que ainda não se assumiram, e nem pretendem fazê-lo tão cedo [prostitutos]); enquanto que as segundas são vistas como o lixo da sociedade (apesar da conveniência dos serviços prestados). O sexismo impera até no submundo da prostituição.

Como é que os governos Europeus lidam com esta profissão? Eu diria que mal, irresponsável e desrespeitosamente. Na maioria dos países Europeus a prostituição é legal (excepto na Europa do Leste, Suécia e Noruega), embora de forma hipócrita. Por exemplo, uma pessoa tem o direito de vender o seu corpo, mas não pode juntar-se a uma Sociedade do Sexo (i.e. bordel) e, não se vê obrigada, por lei, a exames médicos regulares.
Os governos deveriam legalizar a prostituição, uma vez que se trata da saúde pública e do Produto Interno Bruto das nações.
Se estes legalizassem a profissão, teriam que circunscrever as actividades dos que rodam bolsinha a espaços onde possam executar a sua função de forma mais eficaz (sociedades de sexo; logo, removendo estas pessoas de alguns bairros residenciais [de gente rica e embaixadas] – como aqui em Portugal); teriam que ordenar que estas pessoas fossem semanalmente examinadas por médicos e submeterem-se a check-ups mensais; teriam de instruir os Serviços de Estrangeiros e Fronteiras [para se certificar da ausência de mão-de-obra ilegal] e, a Polícia [para garantir a ausência de vítimas de tráfico sexual] para que efectuassem inspecções regulares; teriam que obrigar (por lei) estes profissionais a pagar impostos e a descontar para a segurança social (os governos falam tanto de combater a lavagem de dinheiro, pois eis uma maneira de dar início ao seu fim).
Por exemplo, diz-se que em França cada prostituta facture pelo menos €500/dia; se trabalharem 6 dias/semana (sim, porque até estas profissionais precisam de descanso) auferirão €3.000/semana; o que significa que ao fim de um ano fiscal terão ganho €144.000. Ora, estima-se que hajam 20.000 prostitutas no país, o que significa que falamos de um negócio no valor de €2.880.000.000 anuais. Como o governo Francês cobra impostos às suas prostitutas, todos os anos arrecada para os seus cofres €1.152.000.000. Trata-se de muito dinheiro.
Países como Portugal não cobram imposto sobre o rendimento das suas prostitutas...

A prostituição, será moral? Diz-me tu. Moralidade não é nada mais que um código de conduta baseado nos conceitos de certo ou errado; e como estes códigos têm vindo a mudar ao longo dos tempos; vou escusar-me de dizer o quer que seja. Por agora, só posso afirmar o que é imoral: forçar pessoas a tornarem-se prostitutas.



O striptease é uma actividade legal onde as mulheres não só se despem vagarosamente enquanto dançam, mas também executam coreografias exóticas e de cariz sexual, através do uso de um pole.
Pouco tenho a dizer sobre esta profissão, uma vez que muitas jovens já pagaram os seus estudos à custa desta actividade profissional. Se não são forçadas a fazê-lo, exploradas, obrigadas a fornecer serviços sexuais e são maiores de idade...porque não?
A dança do pole tornou-se bastante popular. Tão popular que está a tornar-se num desporto e numa arte de palco: o que significa que muitas mulheres (e aparentemente, homens) aderem a aulas de pole dancing para aprender como fazer um knee hold (imagem acima), um cross knee release; spins, inversões de corpo, etc.

Antes de acabar gostaria de oferecer umas dicas aos donos de clubes de strip:
I. Imagem é tudo: a celulite acaba com ela (se investem em implantes mamários, por que não investir em cremes anti-celulite e massagistas?)
II. Confiram um certo toque de classe ao clube: quem sabe se não atrairão uma clientela feminina?
III. Olhem para o Moulin Rouge e para o Crazy Horse: danças e actuações de primeira.

Agora, eu gostaria de saber por que é que os homens, em geral, gostam de ver espectáculos de Striptease?


Para uma leitura mais aprofundada sobre este tema inflamável, por favor lê o blog do LS (Inglês): Aqui.

Imagem: tirada do Wikipédia

Comentários

  1. Oi Amiga
    Mesmo não compartilhando da mesma opinião que você, concordo quando diz que existem vários tipos de prostituição e não só aquela imagem da mulher que roda bolsinha na esquina, na verdade hoje se trata de algo muito bem sucedido no que diz respeito a valores ganhando muito mais que pessoas com empregos formais, mas até que ponto o dinheiro vale certas atitudes? como equilibrar o conceito de família, de relacionamentos bem sucedidos com algo assim? acho até que nos dias de hoje ocorre um certo incentivo a essa "profissão" já que na Tv tem séries e novelas onde as "mocinhas" possuem tais condultas.

    Sou contra a legalização, uma coisa é existir tudo isso, outra é o governor (que representa o povo, ou pelo menos deveria)assinar em baixo, sem contar que tanbém envolve ética, religião e etc

    Um assunto polêmico mas muito bom para se conversar

    beijos amiga

    ResponderEliminar
  2. Oi querida Dri :D!

    "Mesmo não compartilhando da mesma opinião que você, concordo quando diz que existem vários tipos de prostituição e não só aquela imagem da mulher que roda bolsinha na esquina, na verdade hoje se trata de algo muito bem sucedido no que diz respeito a valores ganhando muito mais que pessoas com empregos formais, mas até que ponto o dinheiro vale certas atitudes? como equilibrar o conceito de família, de relacionamentos bem sucedidos com algo assim? acho até que nos dias de hoje ocorre um certo incentivo a essa "profissão" já que na Tv tem séries e novelas onde as "mocinhas" possuem tais condultas."

    O dinheiro não justifica o atropelo aos valores morais; mas infelizmente, Dri...algumas pessoas não querem saber (preferem e idolatram o dinheiro...este tornou-se o seu valor moral). Mas isto não vem de hoje, são atitudes bem arcaicas!
    É, as novelas e as séries romantizam a prostituição e mostram o quão "fácil" (que de fácil não tem nada) é ganhar mais de $1000 num dia (enquanto que outros de matam para ter menos do que isso num mês). Mas o que as novelas não mostram é o abuso pelo qual as "mocinhas" passam.
    A prostituição não é uma profissão desejável (até pelo seus efeitos sobre a alma e aura), mas ela está aí (sempre esteve e não vai desaparecer) e devemos lidar com ela de alguma maneira.

    "Sou contra a legalização, uma coisa é existir tudo isso, outra é o governor (que representa o povo, ou pelo menos deveria)assinar em baixo, sem contar que tanbém envolve ética, religião e etc"

    A legalização é uma forma de combate ao tráfico humano. Eu não sei se aí no Brasil há tráfico humano para fins sexuais (dentro do país; porque eu sei que muitas cidadãs Brasileiras vêm para este lado a contar trabalhar como empregadas domésticas e acabam na rede da prostituição contra a sua vontade), mas aqui este crime está a proliferar, e porquê? Porque não há leis, não há controle, não há nada. E isto é só o princípio...

    A religião e a ética nunca conseguiram resolver este problema, e nunca resolverão porque as pessoas por detrás das mesmas são muitas vezes quem recorre aos serviços destas mulheres...percebes?

    "Um assunto polêmico mas muito bom para se conversar"

    lol já sabes que a polémica é comigo LOL... ;D!

    Amei o teu comentário...

    Beijos minha linda!

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  3. Mas bah, guria.
    Você gosta mesmo de meter a mão em vespeiro...
    De modo geral prostituição é ilegal e imoral. No entanto, também é fato que, por toda a História, tem sido "tolerada". Tenho um amigo que costuma dizer que vivemos num mundo de "faz de contas", assim. faz de conta que prostituição não existe.
    E se não existe, tb não pode ser legalizada! rsrsrs...

    ResponderEliminar
  4. Olá Diler :D!

    "Você gosta mesmo de meter a mão em vespeiro..."

    LOL...alguém tem de fazê-lo...

    "De modo geral prostituição é ilegal e imoral. No entanto, também é fato que, por toda a História, tem sido "tolerada"."

    Mais que tolerada...

    "Tenho um amigo que costuma dizer que vivemos num mundo de "faz de contas", assim. faz de conta que prostituição não existe.
    E se não existe, tb não pode ser legalizada! rsrsrs..."

    É...nós gostamos muito de nos iludir (ou então enfiar a cabeça na areia). LOL LOL LOL compreendi-te...

    Diler, muito obrigada pela tua opinião: amei :D!

    Um abraço

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