Em que consiste o feminismo nos dias que correm?


É uma questão que não me sai da cabeça. Olho para as mulheres, para aquelas que se intitulam de feministas e o pasmo toma conta de mim: o que é que elas querem? O que é que reinvidicam? O que é que significa ser feminista ces jours lá?
Preciso de respostas a estas simples questões, pois, pelo que vejo as feministas estão confusas, e sem uma verdadeira causa!

O feminismo começou quando as mulheres decidiram que queriam participar no meio político: elas queriam votar! Daí terem se terem nomeado "sufragistas" (um nome bem dado, e uma causa plausível). Depois quiseram trabalhar (outra causa de se tirar o chapéu, pois, eu defendo que uma mulher ociosa representa um perigo); depois quiseram o divórcio (não posso comentar este ponto: há demasiadas questões envolvidas); depois quiseram o aborto legal, alegando que tinham o direito de escolher o que fazer com o seu corpo (se se trata de uma questão de direitos, então falemos dos direitos de todos aqueles envolvidos na gravidez - incluíndo o bébé); depois quiseram salários iguais ( mais que justo, se trabalharem as mesmas horas que os homens); depois lutaram contra o assédio sexual ( absolutamente, porque elas têm os direito de fazer o seu trabalho sem serem consideradas um brinquedo sexual); depois quiseram começar a comportarem-se como homens, a competir com eles, e foi a partir daqui que ficaram confusas!

Homens e mulheres são diferentes por natureza: ele pensam e agem de maneiras diferentes, e pronto!
As feministas estão tão concentradas em serem tão iguais aos machos, em destruí-los (pura ilusão, é claro!) que se esquecem de defender uma causa extremamente importante: a criação de leis para ajudar as mulheres, que tenham escolhido ficar em casa a cuidar dos seus filhos, a regressarem ao mercado de trabalho! As Mães também são mulheres, que necessitam de defesa! Ou será que o feminismo significa "Defesa das mulheres solteiras-com-comportamento-de-macho-que-trabalham-14-horas-e-falam-mal-dos-homens"?

Uma pessoa poderia pensar que o propósito do feminismo é incentivar as mulheres a terem orgulho em sê-lo; mas pelos vistos trata-se de incentivá-las a diminuírem-se com frases do tipo " Temos o direito de ser estrelas de fimes-porno!"; "Temos o direito de ser prostitutas!" ( como se a maioria das prostitutas tivesse escolhido a sua profissão por achar que era um direito que lhe cabia); "Temos o direito de levar porrada dos nossos homens, desde que assim o escolhamos!"; "Direito á escolha! Direito á escolha! Direito á escolha!"...quem é que raio vos disse, a vós feministas, que todas as escolhas e exigências de direitos que vocês fazem é que endireitarão as coisas?

As feministas criticam, e desprezam, as mulheres que se adaptam bem no "mundo dos homens", mas na minha opinião essas mesmas mulheres é que detêm o verdadeiro poder, pois, elas conseguem o que as feministas não conseguem! Por isso, digam-me...em que é que consiste mesmo o feminismo nos dias de hoje?

Comentários

  1. Questao bem pertinente a sua e para a qual nao existe resposta. Ate porque hoje em dia nao falamos de feminismo mas sim de feminismos, pois ha divisoes profundas entre as varias correntes. A que menciona e' talvez a mais vocal e a que mais atencao chama a si, mas existe uma forte oposicao a esta corrente - eu, por exemplo, acho a pornografia degradante, seja ela feminina ou masculina (que tambem a ha). Eu e muitas outras feministas advogamos o direito a maternidade, mas tambem o direito a paternidade, frequentemente posto de lado nestes debates. Pouco se fala do direito dos pais e a questao para mim e' das mais relevantes nos debates actuais. Pense tambem, por exemplo, que nos mulheres nao temos ainda salario igual por trabalho igual e que enfrentamos discriminacao na contratacao devido a questao da maternidade. E nao se trata somente de uma questao biologica mas tambem social e cultural. Se forem dados aos pais direitos de paternidade iguais aos direitos da maternidade poder-se-ia diminuir essa descriminacao. Mas responda la sinceramente, quantos homens haveria dispostos a faltarem 3 ou 4 meses aos empregos para ficarem em casa com os filhos recem-nascidos? E que tipo de discriminacao nao enfrentariam nas suas carreiras se assim o fizessem? E isto hoje e' possivel, mesmo que a mae amamente, gracas as bombas e aos congeladores que permitem armazenar o leite materno.
    Eu, sendo feminista, nao quero ser igual ao homem obrigada; quero sim que haja uma complementaridade. Tendo dito isto, e' tudo relativo a sociedade em que vivemos e pense que noutros contextos a mulher, so pelo facto de ser mulher, nao tem ainda igualdade perante a lei, nem direito a posse de propriedade, nem sequer direito a exercer-se enquanto pessoa autonoma. Em familias de poucos recursos e' geralmente a educacao das raparigas/meninas que e' negligenciada em favor dos irmaos, por exemplo. O direito a escolha nao deve ser exclusivo das feministas ou das mulheres, mas sim de todo o ser humano. E veja bem que traz grandes contradicoes este direito, porque a "escolha" pode nao ir na corrente advogada pela feminista histerica e entao onde fica ela? O que pessoalmente me fascina no feminismo moderno e' exactamente a paleta de debates que levanta. E' pena que meia duzia de histericas mal orientadas e apoiadas pelo politicamente correcto e meia duzia de paloncas perturbe o que poderia ser uma arena de debate bem interessante. Quanto a mim e parafraseando o Herman, digo: a mulheres histericas, banana men e robin dos bosques, da de frosques :)
    Desculpe comentar como anonima, mas nao tenho blog no sapo e o google nao me aceita com o meu perfil (va-se la saber porque! Sera porque sou mulher? he he he)

    ResponderEliminar
  2. Olá Anónima :D!

    Desculpe a resposta tardia, mas estive ausente...

    "Ate porque hoje em dia nao falamos de feminismo mas sim de feminismos, pois ha divisoes profundas entre as varias corrente."

    É verdade. Eu própria, criei (para mim) uma corrente diversa: o movimento Pro-Femina. Este procura defender o papel, os direitos e a dignidade [e respeito] femininos; (sem histeria, sem emoções negativas, sem corrupção política e sem apunhalamento ao género). As mulheres, infelizmente esqueceram um pouco o seu papel na sociedade e querem agir como homens...direitos iguais não equivale a comportamentos e géneros iguais.

    "A que menciona e' talvez a mais vocal e a que mais atencao chama a si, mas existe uma forte oposicao a esta corrente - eu, por exemplo, acho a pornografia degradante, seja ela feminina ou masculina (que tambem a ha)."

    Concordo. Também não aprecio a pornografia (sob as suas várias máscaras); a vulgaridade e o mau gosto deveriam ser erradicados se prezamos a evolução intelectual e comportamental.

    "Eu e muitas outras feministas advogamos o direito a maternidade, mas tambem o direito a paternidade, frequentemente posto de lado nestes debates. Pouco se fala do direito dos pais e a questao para mim e' das mais relevantes nos debates actuais."

    Muito bem pensado.

    "Pense tambem, por exemplo, que nos mulheres nao temos ainda salario igual por trabalho igual e que enfrentamos discriminacao na contratacao devido a questao da maternidade. E nao se trata somente de uma questao biologica mas tambem social e cultural. (...) Mas responda la sinceramente, quantos homens haveria dispostos a faltarem 3 ou 4 meses aos empregos para ficarem em casa com os filhos recem-nascidos?"

    Na Europa, hoje, as mulheres ainda ganham menos 25% que os homens (pelo mesmo trabalho). Esta é uma batalha válida para se travar.
    Bem, conheço alguns homens (embora pouquíssimos) que estejam dispostos a fazê-lo....mas sinceramente, eu prefiro que sejam as mulheres as ficar com os bébés, e não os homens (e não se trata de sexismo; mas sim de segurança infantil).

    "Eu, sendo feminista, nao quero ser igual ao homem obrigada; quero sim que haja uma complementaridade."

    Amén.

    "O direito a escolha nao deve ser exclusivo das feministas ou das mulheres, mas sim de todo o ser humano."

    *Aplaudindo*....

    "E' pena que meia duzia de histericas mal orientadas e apoiadas pelo politicamente correcto e meia duzia de paloncas perturbe o que poderia ser uma arena de debate bem interessante. Quanto a mim e parafraseando o Herman, digo: a mulheres histericas, banana men e robin dos bosques, da de frosques :)"

    LOL LOL...

    "Desculpe comentar como anonima, mas nao tenho blog no sapo e o google nao me aceita com o meu perfil (va-se la saber porque! Sera porque sou mulher? he he he)"

    Não tem de se desculpar. Aqui no Etnias as pessoas comentam como puderem/quiserem.
    O Google está em fase de renovação (por assim dizer) por isso não admira que tivesse tido alguma dificuldade em assinar com o seu perfil.

    Querida, muito obrigada pelo seu comentário fabuloso! Foi um prazer tê-la aqui e espero que volte mais vezes :D.

    Um abraço

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

O Etnias: O Bisturi da Sociedade™ aprecia toda a sorte de comentários, já que aqui se defende a liberdade de expressão; contudo, reservamo-nos o direito de apagar Comentos de Trolls; comentários difamatórios e ofensivos (e.g. racistas e anti-Semitas) mais aqueles que contenham asneiras em excesso. Este blog não considera que a vulgaridade esteja protegida pelo direito à liberdade de expressão. Cumprimentos